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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

SEJA UM EXEMPLO


“Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na , na pureza.” 1Timóteo 4.12

Tenho ouvido muitas reclamações, e mesmo eu em alguns momentos reclamei, de que determinados grupos, ouvintes e igrejas, são resistentes, difíceis e, muitas vezes desprezam nosso ministério.
À luz da Palavra de Deus, as razões para isso ter acontecido, e melhor, fica uma mensagem para deixarem de acontecer, ou melhor ainda, não acontecerem, é nos tornarmos padrão ou exemplo dos fiéis.
A responsabilidade de acabar com a resistência que as pessoas tem a nós e ao nosso ministério, é nossa. Não reclame, seja um PADRÂO.
Quando Paulo fala para Timóteo, ”torna-te um padrão ou exemplo”, fica claro que era algo à ser feito. Com isso eu quero dizer que existem coisas que são de nossa responsabilidade fazê-las e que sempre existirão coisas à fazer para melhorarmos.
A luz da própria carta que Paulo enviou para Timóteo, eu sei que ele era maduro, apesar da idade e cumpria os pré-requisitos do capítulo 3, além de um chamado claro, identificado pelos presbíteros ou anciãos e por isso foi separado para o ministério com a imposição de mãos.
Ser um padrão, exemplo ou referencial é um dever de todo cristão.
Paulo disse para Timóteo se tornar um padrão para os fieis, e detalhou cada área em que ele deveria ser exemplo.
Cada área dessas que Paulo falou para Timóteo, tem várias subdivisões.
Paulo falou para Timóteo ser um padrão, porque ele mesmo, Paulo, era um modelo e dizia para as pessoas, “Sejam meus imitadores”.
1 Coríntios 4.16 ; 11.1  
Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.
Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.
Efésios 5.1
Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
Filipenses 3.17
Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.
1 Tessalonicenses 1.6; 2.14  
Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo,
Tanto é assim, irmãos, que vos tornastes imitadores das igrejas de Deus existentes na Judéia em Cristo Jesus; porque também padecestes, da parte dos vossos patrícios, as mesmas coisas que eles, por sua vez, sofreram dos judeus,
Hebreus 6.12  
para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.
Sejam abençoados na prática da palavra.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

HABITE, RICAMENTE, EM VÓS A PALAVRA

Por Marcio Bernardino

"Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração." 
Colossenses 3.16
Não cremos em nada além da Palavra. Conceitos filosóficos elaborados que as pessoas foram juntando de várias opiniões que ouviram, coisas que várias pessoas falaram, inspiradas sei lá de onde ou por quem, coisas que às vezes tem até um certo sentido, mas que não tem fundamento bíblico. "Malabarismos teológicos" feitos por alguns líderes, com a intenção de prender e manipular pessoas. Por mais sofisticados e atraentes que sejam, somos radicais em crer na Bíblia. "Se a bíblia diz, nós cremos, e ponto final". 
O que nós cremos, está fundamentado na Bíblia Sagrada, na Palavra de Deus e não nas nossas experiências. 
Conhecimento é fundamental na nossa nova vida em Cristo. Desde a velha aliança que o desejo de Deus é que o povo O conheça e continue crescendo nesse conhecimento. 
Deus, através dos seus nomes redentivos, foi se revelando. gradativamente e progressivamente ao seu povo. E o profeta Oséias disse duas coisas muito importantes sobre esse assunto.
"O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.
Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR."
Oséias 4.6a;6.3a
Ouvi Myles Munroe dizendo que "o maior inimigo da igreja é a ignorância e não o diabo", e essa palavra passou a fazer parte da minha vida.
O profeta Isaias diz:
"porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar."
Isaias 11.9b
Na Nova Aliança, Jesus falou em João 8.32:  "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."
Paulo orando pelas igrejas de Éfeso e Collossos, fêz as seguintes orações:

"Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas. 
Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra,para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. 
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!
 Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria, dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz."

Efésios 1.16-23;3.14-21; Colossenses 1.9-12

Temos várias outras passagens no novo testamento que dão ênfase a importância do conhecimento, mas creio que essas orações inspiradas pelo Espírito Santo que Paulo fez por essas igreja e que podemos personalizar e fazê-las por nós mesmos e por outras pessoas, são suficientes para mostrar como é importante o Conhecimento para vivermos plenamente a vida abundante (Zoe) e ministrarmos as pessoas.

Qualquer que seja a nossa atividade, função ou ministério no Corpo de Cristo ou na Igreja Local, deve ser feita em Fé, pela Fé que vem pelo ouvir e ouvir da Palavra de Deus... Sem Fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11.6). Nada do que fizermos terá valor se não atentarmos para esse fundamento, pois o nosso propósito é agradarmos a Deus em tudo. Quando falamos sobre ter Fé em Deus, falamos sobre ter Fé em sua Palavra, pois não temos como separar isso. Fé em Deus é Fé em sua Palavra. 
Colossenses 3.16, fala exatamente sobre o nível exato de Conhecimento da Palavra que nos habilita, nos faz aptos para "instruirmos, aconselharmos" uns aos outros, mutualmente, com pregação, ensino e música.
Ame a Palavra, encha-se da Palavra, habite ricamente em você a Palavra de Cristo e só depois disso, poderemos fazer o que queremos e devemos no Corpo de Cristo... 
Seja abençoado na prática da Palavra.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

SOMOS O QUE QUEREMOS SER


Já assisti algumas entrevistas com médicos e nutricionistas, que diziam que nós “somos o que comemos”, já ouvi também dizerem que “somos o que lemos” e até, “somos o que assistimos”. A conclusão que chego, depois de ouvir essas máximas ou afirmações e, claro, pelo que lemos na Bíblia, eu digo que “Somos o que queremos ser”.

Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido. Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no íntimo do teu coração. Porque são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo. Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.
Provérbios 4:20-23

Atentar, voltar sua atenção, inclinar, virar os ouvidos, não apartar os olhos, não deixar de ler a Palavra, vai produzir vida em nós e nos fazer viver uma vida saudável.
Fazendo essas coisas, guardamos o nosso coração.

O coração é o verdadeiro Eu, o nosso espírito. Lembre o homem é um espírito, possui uma alma e habita em um corpo. O nosso coração é o lugar onde o Espírito Santo habita. Ele é a fonte de vida.

Ser quem queremos ser é uma decisão pessoal e envolve, trabalho diligente, esforço e priorização.

Nós, o verdadeiro Eu, o ser espiritual que somos, temos responsabilidade com o nosso corpo.

Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
1 Coríntios 6:19

Sobre tudo, devemos priorizar o nosso crescimento espiritual, devemos trabalhar para amadurecermos espiritualmente.

Seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus.
1 Pedro 3.4

No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor,
De quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.
Efésios 2.21; 4.16

Sei que focar, direcionar sua atenção, tirar os ouvidos das “muitas vozes” e virar para a “voz de Deus”, não deixar de ler a sua bíblia e livros bíblicos. Tudo isso exige muito trabalho, muita dedicação e temos que fazer disso uma prioridade.

Quando digo que somos quem queremos ser, estou enfatizando que você é livre para escolher os seus caminhos. Que se somos hoje, filhos de Deus, somos porque escolhemos ser. Pela Graça de Deus é claro, mas nós escolhemos receber essa Graça.

Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;
João 1:11-12

Receber é uma decisão pessoal. Alguns escolheram não receber.

Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
Apocalipse 3:20

Dar continuidade a essa relação, é também uma decisão nossa.

Por isso eu quero dizer a você o que Paulo disse:
Não que eu tenha agora obtido [este ideal] ou tenha realmente sido tornado perfeito, mas eu me esforço com todas as forças para conseguir assegurar (agarrar) e tornar meu aquilo para o que Cristo Jesus (o Messias) assegurou-se de mim e me fez dEle mesmo.
Eu não considero, irmãos, que eu tenha capturado e tornado meu [contudo]; mas uma coisa eu faço [essa é minha aspiração]: esquecendo o que ficou para trás e me fazendo esforço para alcançar o que está à frente.
Eu me esforço com todas as forças em relação ao alvo de conquistar o [supremo e celestial] prêmio, o qual Deus em Cristo Jesus está nos chamando para conquistar.
Filipenses 3:12-15 (Bíblia Amplificada)

Nosso futuro começa hoje, seremos o que quisermos ser. Esqueça o passado. Tire os olhos do passado e olhe para o futuro. Tire o passado das suas conversas e converse sobre o futuro. Não fique preso nas culpas, erros, no que deixou de ser feito e nem nas glórias do passado. Comece a escrever sua história futura, antecipadamente, hoje.

“Continue continuando”.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

ENTENDENDO A GRAÇA


por Natan Rufino (Integrante da Coord. Doutrinária MVV)
Postagem Autorizada pelo Autor.

Olá gente,
Muitas pessoas estão me mandando mensagens, emails, falando comigo no msn, etc. pedindo-me ajuda para entender direito o que é isso que tem sido pregado por alguns sobre “a graça de Deus”.
Alguns pregadores tem falado sobre o que pensam ser a graça bíblica e, infelizmente, tem trazido muitas confusões no Corpo de Cristo; não só por causa dos argumentos sem fundamentos bíblicos, mas também por causa das consequências nas vidas das pessoas que receberam a mensagem sem observar nas Escrituras se as coisas eram de fato assim. 
Depois de tantas perguntas e questionamentos, resolvi ajudar meus amigos postando pelo menos três textos sobre o assunto, para que isso possa, no mínimo, orientar os mais sensatos e interessados na verdade das Escrituras, livrando os irmãos dos modismos e do “evangeliquês” barato que, de “tão bom”, desvia tanta gente do Evangelho.

UM EVANGELHO DE IRRESPONSABILIDADE?
Autor: Tony Cooke (Traduzido do site: tonycooke.org)


Nas viagens que tenho feito, tenho ouvido mais e mais um pensamento que está circulando hoje em dia no Corpo de Cristo com respeito a uma suposta “compreensão” da graça, que parece estar facilitando e promovendo um senso de irresponsabilidade nas pessoas. Algumas das aplicações dessa ideia incluem:
“Porque eu sou salvo pela graça, realmente não importa se eu peco ou não, porque Jesus já cuidou de todos os meus pecados – eles já estão cobertos pela graça”; “Eu não estou debaixo da lei, então não preciso dar o dízimo. Eu dou o que eu quiser”; “Realmente não importa se eu vou ou não para a igreja, se sou ou não membro de uma igreja local, o que importa é se eu sou parte do Corpo de Cristo”.
Antes de tratar sobre esse assunto, creio que é importante reconhecer que talvez alguns tenham estado debaixo de percepções equivocadas sobre Deus no passado. Talvez tenham estado debaixo de alguma forma de legalismo – um tipo de escravidão que os fez pensar que eram salvos pela fé em Cristo MAIS o fato de nunca cometerem um erro, ou, pela fé em Cristo MAIS o fato de entregar o dízimo, ou, pela fé em Cristo MAIS o fato de ir a uma igreja regularmente ou de praticar boas obras. Vivendo assim, nunca compreenderam ou usufruíram do fato de que nossa salvação e perdão não são uma questão de “fé em Cristo MAIS alguma coisa”.
Eles nunca conheceram a natureza do dom de Deus ou o verdadeiro descanso oferecido por aquele que disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mateus 11.28-30).
Quando pessoas assim compreendem que são “salvas pela graça mediante a fé; e que isto não vem delas, é um dom de Deus”, elas podem ficar ressentidas de qualquer pensamento que tinham anteriormente sobre Deus como um capataz… Ou ressentidas com alguém que as liderava, ou as colocava debaixo de pressão, para agirem de determinada forma a fim de que fossem aceitas por Deus. Ao tentarem se desfazer das cadeias de tal pensamento legalista, elas podem acabar na vala do outro lado da estrada, pensando que toda forma de disciplina ou obediência é uma forma de escravidão que deve ser rejeitada. Resumindo, elas jogam fora a água de banho junto com o bebê que estava nela.
Paulo ensinava uma forte doutrina sobre a graça, mas não era uma graça que promovia irresponsabilidade ou uma vida pecaminosa. A graça, naquela época como agora, foi mal compreendida e distorcida. Em Romanos 6.1 e Romanos 6.15, Paulo pergunta: “Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?” e “Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça?”. Para as duas perguntas, Paulo responde com um enfático “De modo nenhum!”.
Paulo foi tão mal compreendido (creio que particularmente a respeito da graça), que Pedro se referiu às suas cartas da seguinte forma: “Nas cartas dele há algumas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e os fracos na fé explicam de maneira errada, como fazem também com outras partes das Escrituras Sagradas. E assim eles causam a sua própria destruição” (2 Pedro 3.16 – NTLH).
Os gálatas estavam muito enredados no legalismo, e Paulo desejava que eles compreendessem a graça de Deus (Gálatas 2.16). Ao mesmo tempo, contudo, ele não queria que eles entrassem no outro extremo. Ele disse a este grupo de crentes confusos, “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor” (Gálatas 5.13).
A epístola de Paulo a Tito tem sido chamada de “O Livro das Boas Obras”. Nesta epístola ao jovem pastor, Paulo lembra a Tito que somente a graça de Deus é a fonte de nossa salvação: “Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3.4-7).
Este mesmo livro, que torna tão claro que as obras não são a causa da nossa salvação, também deixa profundamente claro que as obras (boas obras) são a consequência mais natural da nossa salvação:
Tito 2.7 – “Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras…” 
Tito 2.14 – “o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos
de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras”. 

Tito 3.8 – “…Para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens”. 
Tito 3.14 – “Agora, quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se nas boas obras a favor dos necessitados, para não se tornarem infrutíferos”.
Será que Paulo – o homem que falou sobre graça mais do que qualquer outro em todo o Novo Testamento – estava dizendo a Tito para colocar os crentes debaixo de algum tipo de escravidão legalista? Absolutamente não! Paulo compreendia que a graça, ao transmitir o dom da vida eterna ao crente com base na obra redentora de Cristo, não se tornava numa espécie de porta de entrada para a preguiça ou libertinagem para o crente, mas em vez disso, em um trampolim para uma vida de obediência. Na realidade, a graça (o poder divino em nossas vidas) provê o ímpeto para a nossa capacidade de obedecermos a Deus e é a própria base para isso.
Paulo também disse a Tito: “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente”… (Tito 2.11,12). A verdadeira graça de Deus nunca será uma permissão divina para fazer aquilo que é errado. Em vez disso, é a divina capacitação para fazer aquilo que é certo!
Como crentes, certamente nos regozijamos no evangelho, as boas novas, a declaração do fato que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões” (2 Coríntios 5.19). Mas, ao que esse dom gratuito nos introduz? A uma vida de comodismo? A uma vida de irresponsabilidade? Conformidade com o mundo? A uma vida de satisfação carnal?
Acredito que a melhor maneira para dizer o que Jesus tinha em mente seja voltando à Grande Comissão que ele nos deu. Todos nós estamos bem familiarizados com a primeira parte dessa comissão – “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo…” (Mateus 28.19). Mas logo no versículo seguinte, fica claro o tipo de vida que Jesus tencionava para os que recebessem o seu dom gratuito: “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”. Jesus não disse, “ensinando-os que eles não têm que absolutamente fazer coisa alguma porque eu já fiz tudo”. Sim, ele fez tudo no sentido de ter comprado nossa salvação para nós, mas após isso, ele nos chamou para termos vidas com propósito, responsabilidade e obediência.
É 100% verdadeiro que as pessoas não precisam ter uma vida santa para que Deus as ame; ele nos amou quando ainda éramos pecadores. É verdade que as pessoas não precisam dar o dízimo ou ir à igreja para que Deus as ame; ele nos ama com um amor eterno a despeito do nosso desempenho de perfeição. Mas existem as boas obras e um estilo de vida, para os quais nós fomos chamados – não para obter a salvação mas para expressar a salvação.
Quando Paulo falou com Tito sobre as boas obras, ele disse: “estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens” (Tito 3.. Nós somos responsáveis por viver corretamente para que outros possam ver a natureza e o caráter de Deus. Somos responsáveis por dar o dízimo e ofertar generosamente para que outros possam ouvir o evangelho. Somos responsáveis por estar seriamente envolvidos em uma igreja local. para que tenhamos um lugar onde servir e ajudar os outros (tanto quanto para crescermos como indivíduos). É absolutamente verdadeiro que é a graça que nos salva e nos mantém, mas esta graça nunca nos levará a conduzir vidas a irresponsabilidade e comodismo.
Faríamos bem em lembrar as palavras de Dietrich Bonhoffer, um teólogo protestante e ativista anti-nazismo, que disse: “graça barata é aquela que prega o perdão sem requerer o arrependimento, batismo sem disciplina cristã, comunhão sem confissão, absolvição sem confissão pessoal. Graça barata é uma graça sem discipulado, uma graça sem a cruz, uma graça sem Jesus Cristo vivo e encarnado”.
Que você tenha sabedoria tanto para receber quanto para expressar este indescritível dom de Deus!
GRAÇA, ARREPENDIMENTO E CONFISSÃO

Recentemente, eu tive o privilégio de fazer algumas reuniões mais demoradas na igreja do pastor Jerry Weinzierl, em Sterling Heights, Michigan, e tive a oportunidade de ensinar profundamente sobre o assunto da graça. Uma das áreas que ensinei dizia respeito à forma como a graça de Deus faz com que os crentes precisem confessar pecados ou se arrepender. Alguns têm a particular impressão de que estar debaixo da graça significa que é desnecessário nos arrependermos e confessarmos os pecados que cometemos. Em vez disso, pensam eles, os crentes simplesmente precisam reconhecer que já foram perdoados.

Antes de falar sobre isto, é de vital importância definir biblicamente os termos que usamos. As palavras “arrepender-se” e “arrependimento”, não significam que estamos ansiosos por nos aprofundarmos na culpa, vendo e revendo nossas falhas, ou que andemos perpetuamente com a consciência de pecado. A seguir, apresento algumas das coisas que os mais respeitados estudiosos têm a dizer a respeito da palavra grega para arrependimento:
“O substantivo grego metanoia significa literalmente ‘uma mudança de mente’. É mais do que um pesar emocional, que muito frequentemente não produz qualquer mudança de vida. Na verdade, é uma mudança de mente, ou atitude, para com Deus, para com o pecado e para conosco mesmos” (Ralph Earle).
“… a mudança de mente por parte daqueles que começaram a abominar seus erros e crimes, e se determinaram a percorrer um curso de vida melhor, de maneira que envolve tanto o reconhecimento do pecado e o pesar por ele, quanto um melhoramento, de coração, que são evidências e consequências das boas obras” (Joseph H. Thayer).
Em sua notável obra, Uma Luz Na Escuridão: Sete Mensagens para as Sete Igrejas, Rick Renner escreve: “Quando as palavras ‘meta’ e ‘nous’ são combinadas em uma só, a nova palavra descreve uma decisão de mudar completamente a forma que alguém pensa, vive ou se comporta. Isto não descreve um pesar emocional temporário por causa de ações passadas, mas é uma decisão intelectual sólida de dar meia volta e tomar um novo rumo, e de alterar completamente sua vida descartando um padrão de comportamento velho e destrutivo, e abraçar um novo em folha. Arrependimento verdadeiro envolve uma decisão consciente tanto para se afastar do pecado, do egoísmo e da rebelião, como também para se voltar para Deus de todo seu coração e mente. É uma volta completa de 180 graus nos pensamentos e comportamentos de alguém”.
Intenções não são a mesma coisa que arrependimento. William Douglas Chamberlain escreveu: “A fé cristã vira o rosto dos homens para frente. O arrependimento é a reorientação da personalidade em referência a Deus e seu propósito”. Além disso, ele declara que para os crentes desfrutarem do reino de Deus, eles devem “submeter-se a uma transfiguração mental, à qual chamamos ‘arrependimento’. O arrependimento olha para frente em esperança e antecipação, enquanto o remorso olha para trás com vergonha, e para frente com medo”.
Jesus Pregava Arrependimento
As primeiríssimas palavras que Jesus pregou (de acordo com Mateus 4.17) foram “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. Observe que Jesus não advogava simplesmente que as pessoas saíssem do negativo, mas ele queria que as pessoas despertassem para o positivo: O reino de Deus, que estava se tornando disponível para eles. Neste sentido, podemos dizer que o arrependimento realmente é uma preparação profética; é a preparação de nossos corações para algo maravilhoso que Deus está tornando disponível para nós.
O arrependimento acontece quando despertamos para o glorioso potencial divino destinado às nossas vidas. À luz da bondade de Deus e de suas boas intenções para conosco, nós reconhecemos a deficiência de nossa perspectiva egoísta e o caráter destrutivo de nosso comportamento pecaminoso. Assim, nos afastamos disso para que possamos abraçar uma nova vida, melhor e mais elevada, oferecida pelo Deus da graça. Assim como na graça, no arrependimento também, tanto a atitude quanto a ação estão envolvidos. Existe uma descontinuação do comportamento errado, baseado em um coração e mente que se voltaram completamente para Deus e seus caminhos.
Mas Crentes Precisam se Arrepender?
Alguns creem que a confissão de pecado e arrependimento é importante para os incrédulos, mas que se tornam desnecessários uma vez que a pessoa tenha nascido de novo. Afinal de contas, eles raciocinam se Jesus já morreu por todos os nossos pecados, e todos eles já foram perdoados, por que precisaríamos reconhecê-los ou confessá-los, se eles já estão debaixo do sangue?
Muito tempo depois da sua ascensão, Jesus se dirigiu aos crentes de várias congregações por toda Ásia Menor (Apocalipse 2 e 3). Das sete congregações para as quais falou, ele disse a cinco delas que precisavam se arrepender de certos pecados, e aos laodicenses disse, especificamente: “Aqueles a quem eu amo [terna e afetuosamente], eu lhes digo suas falhas e os convenço e os persuado e os corrijo [eu os disciplino e instruo]. Então, esteja entusiasmado e com zelo ardente e sincero, e arrependa-se [mudando sua mente e atitude]” (Apocalipse 3.19, Versão Amplificada da Bíblia).
Jesus não estava dizendo àqueles crentes que eles precisavam merecer ou ganhar seu perdão por meio do arrependimento, mas ele certamente queria que eles reconhecessem as áreas onde precisavam fazer ajustes e alinhar-se com a sua Palavra.
O apóstolo Paulo certamente cria que era importante para os crentes que houvessem cometido algum erro, que se arrependessem diante de Deus e, com a ajuda dele, pusessem sua vida em ordem. Em 2 Coríntios 12.20-21 (na Bíblia Viva), ele disse: “Tenho receio de que quando for visitá-los não vá gostar daquilo que encontrar, e vocês não vão gostar do modo pelo qual eu terei de agir; Receio que os encontrarei em desavenças, invejando uns aos outros, irando-se uns contra os outros, aparentando grandeza, dizendo coisas vis uns dos outros, cochichando pelas costas uns dos outros, e cheios de presunção e discórdia. Sim, tenho receio de que, quando for, Deus me humilhará diante de vocês e eu ficarei triste e pesaroso porque muitos de vocês pecaram e nem mesmo se importam com as coisas vis e indecentes que têm praticado: a impureza, a imoralidade, e a sedução das mulheres de outros homens”.
Paulo tem sido chamado com certa frequência de “O Apóstolo da Graça”, e mesmo assim, ele obviamente acreditava que o arrependimento é importante para os cristãos que saem do rumo.
Creio que o ensino claro das Escrituras não é que a graça torne desnecessário o arrependimento, mas exatamente o contrário: que a graça torna o arrependimento possível! Porque Deus é gracioso, ele não nos rejeita, nem nos lança fora quando tropeçamos ou falhamos, mas ele nos convida para que “…cheguemo-nos confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno” (Hebreus 4.16, Versão Revisada Imprensa Bíblica).
Em 2 Coríntios 7.10, Paulo disse que “a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte”.
E a Respeito de Confissão?
Quando entendemos quais são as reais implicações da confissão (de pecado), compreendemos que este é o primeiro passo no processo de arrependimento. A palavra grega traduzida por confissão é “homologeo”, e é derivada de duas palavras, que significam “o mesmo” e “dizer”. Desta forma, a palavra é tipicamente definida com o significado de “dizer a mesma coisa”. Confessar também significa “concordar com”, “ceder”, “admitir” e “reconhecer”. Se uma pessoa, primeiro, não reconhecer que existe um problema, como ou por que ela iria se incomodar em mudar sua mente, sua atitude, ou sua conduta com respeito ao problema em questão? Uma pessoa nunca se arrependerá sem que primeiro confesse (ou reconheça) que o assunto em questão é um pecado.
É lamentável que alguns tenham tentado diminuir o significado da confissão alegando que 1 João 1 não tenha sido escrito para cristãos, mas para incrédulos ou gnósticos. Muitas epístolas foram escritas em meio ao contexto de erros doutrinários, mas todas as epístolas do Novo Testamento foram escritas para cristãos. 1 Coríntios fora escrita em meio ao contexto do antinomianismo, Gálatas em meio ao contexto do legalismo, Colossenses em meio ao contexto do ascetismo, e 1 João em meio ao contexto do gnosticismo, mas TODAS foram escritas PARA cristãos.
O Comentário “Conhecimento da Bíblia” declara: “Nos tempos modernos, ocasionalmente, alguns tem negado que um cristão precisa confessar seus pecados e pedir perdão”. Alegam que um cristão já tem perdão em Cristo (Efésios 1.7). Mas este ponto de vista confunde a posição perfeita que um cristão tem no filho de Deus (pela qual inclusive ele está assentado com ele nos lugares celestiais, Efésios 2.6), com as suas necessidades como um ser falho sobre a Terra.
O que é considerado em 1 João 1.9 pode ser descrito como perdão ‘familiar’. É completamente compreensível como um filho pode precisar pedir a seu pai que o perdoe pelas suas falhas, ao mesmo tempo em que a sua posição na família não está correndo perigo. Um cristão que nunca pede perdão ao seu Pai celestial por causa dos seus pecados dificilmente poderá ter muita sensibilidade quanto às maneiras pelas quais ele entristece o Pai. Primeira João 1.9 não foi escrito para os não salvos, e o esforço para transformá-lo em uma afirmação relacionada à mensagem de salvação é um erro.
A graça não erradica ou torna desnecessário qualquer outro assunto ou ensino do Novo Testamento. A graça não vai abolir a necessidade de arrependimento, obediência, santidade, envolvimento na igreja, ou de ofertar. Em vez disso, a graça provê perdão quando ficamos aquém das suas diretrizes, e se respondermos à sua graça, encontraremos a força para obedecê-lo em todas as coisas. A graça não é uma desculpa, é uma capacitação. A graça não é evasiva, é catalizadora. A graça não é a permissão divina para fazer coisas erradas, é o poder divino para fazer aquilo que é certo!
Que você possa encontrar grande fortalecimento em sua toda-suficiente graça!
O QUE REALMENTE SIGNIFICA DIZER “EU NÃO ESTOU DEBAIXO DA LEI”?
Quando um crente diz “eu não estou debaixo da lei”, comumente pensamos que a pessoa está dizendo “eu não estou debaixo da Lei de Moisés”. Isto reflete uma compreensão apurada das Escrituras. Até mesmo um estudo superficial dos livros de Romanos e Gálatas mostrará isto. Como exemplo, vemos Paulo falando claramente sobre a Lei de Moisés quando ele escreveu:
“Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Romanos 3.19,20)
“Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado” (Gálatas 2.16)
“Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé” (Gálatas 3.10-11)

Mas aqui nós temos alguns questionamentos importantes:
1. Não estar “debaixo da lei” significa que os cristãos estão sem lei?
2. Significa que eles não aceitam qualquer influência ou que não há qualquer autoridade que governe suas vidas?
3. Não estar “debaixo da lei” significa que os crentes não tenham qualquer restrição moral ou qualquer tipo de padrão ético?

Se estes são exemplos do que um cristão quer dizer em sua declaração de que não está “debaixo da lei”, então teremos um verdadeiro problema em relação ao restante da Palavra de Deus.
Paulo disse, “Se sois guiados pelo espírito, não estais debaixo da lei” (Gálatas 5.18). Nosso propósito na vida não é simplesmente nos livrar da escravidão das regras e regulamentações associadas ao Antigo Testamento; em vez disso, o objetivo de Deus é que nossas vidas sejam plenamente governadas pelo Espírito Santo, pela sua Palavra, e pelo seu amor.
É essencial que entendamos que a palavra “lei” nas Escrituras não se refere sempre à Lei e Moisés. Mesmo no Antigo Testamento, Provérbios 31.26 faz referência a “lei da beneficência”. Quando chegamos ao Novo Testamento, descobrimos que o uso da palavra lei – referindo-se a um princípio diretivo e orientador – tem um alcance muito mais amplo de significado do que simplesmente “a lei de Moisés”.
1. Romanos 3.27 fala da “lei da fé”;
2. Romanos 8.2 menciona a “lei do espírito de vida em Cristo Jesus”;
3. Gálatas 6.2 nos diz para “levarmos a carga uns dos outros, e assim, cumpriremos a lei de Cristo”;
4. Tiago 1.25 fala da “lei perfeita da liberdade” (também mencionada em Tiago 2.12);
5. Tiago 2.8 fala do amor (amar o próximo como a si mesmo) como a lei régia ou lei real.

Mesmo com todas estas referências poderosas, talvez a mais penetrante declaração que diferencia a “lei de Moisés” de outros aspectos dos princípios divinos que governam e influenciam as nossas vidas, seja encontrada naquilo que Paulo disse em 1 Coríntios 9.21:
“Quando estou com os gentios que não seguem a lei judaica, eu também vivo sem essa lei para que eu possa trazê-los a Cristo. Mas eu não ignoro a lei de Deus; eu obedeço à lei de Cristo” (New Living Translation).
Observe que Paulo diferencia “a lei judaica” da “lei de Deus” e da “lei de Cristo”. Se eu disser “eu não estou debaixo da lei”, e estiver me referindo a Lei de Moisés (ou como Paulo a chama aqui “a lei judaica”), isto seria perfeitamente apropriado. Mas se eu quero dizer que sou livre para fazer o que eu quiser e que eu posso viver como quiser, sem qualquer consideração para com a influência da Palavra e do Espírito de Deus em minha vida, então eu entendi terrível e grosseiramente errado o ensino do Novo Testamento.
“…quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Romanos 13.8-10)
Deveríamos compreender claramente que a palavra “lei” não é uma palavra ruim na Bíblia. A Lei de Moisés não poderia nos justificar; este nunca foi seu propósito. Mesmo assim, o problema não era a lei em si. O problema éramos NÓS! Paulo disse que “a lei é santa, e o mandamento, santo, e justo, e bom” (Romanos 7.12). Ele disse, “a lei é espiritual” (Romanos 7.14), e novamente, noutro lugar, “a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo” (1 Timóteo 1.8 ). A lei estabelecia um padrão de justiça com o qual não poderíamos nos equiparar. Portanto, é a nossa confiança na lei em nos salvar que é inútil. Quando confiamos em nosso desempenho, (que nunca pode se equiparar a perfeição absoluta), estamos confiando em nós mesmos e não na obra redentora de Cristo. Então, a Lei de Moisés, em si mesma e por si mesma, é boa; ela simplesmente revelou que nós não éramos.
O que é usado de forma 100% negativa nas Escrituras não é o conceito da lei, mas sim o conceito da falta de lei. Se você pegar uma concordância bíblica e procurar pelas palavras iníquo e iniquidade nas Escrituras (que dizem respeito à ausência ou ao desprezo da lei), você verá que as passagens são absolutamente negativas. João disse que “qualquer que comete o pecado também comete iniquidade, porque o pecado é iniquidade” (1 João 3.4 – ARC).
Como cristãos, não estamos debaixo da Lei de Moisés, mas com certeza não estamos sem lei, não somos iníquos. Mesmo a doutrina da graça no Novo Testamento, que frequentemente é posta em contradição com a lei (veja João 1.17), de forma alguma conduz o crente para uma vida de iniquidade, uma vida sem regras. Paulo disse, “o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!” (Romanos 6.14,15).
Por que um crente deveria por seu foco mais no negativo do que no positivo? Em vez de simplesmente dizer “eu não estou debaixo da lei [de Moisés]“, talvez deveríamos considerar em pôr o foco mais no que realmente governa e influencia nossas vidas. Por que não confessamos o seguinte:
1. A lei régia, a lei real, me governa;
2. A lei do espírito de vida em Cristo Jesus me governa;
3. Eu estou debaixo da influência do amor de Deus, do seu espírito, da sua Palavra e da sua graça;
4. A lei de Cristo me capacita a me tornar qualquer coisa que Deus queira que eu seja, e me dá condições de realizar a vontade de Deus na minha vida de forma eficaz!

Como Paulo, podemos dizer, “não que eu esteja sem a lei de Deus ou esteja sem lei para com Deus, mas eu a estou [mantendo de forma especial] dentro de mim e estou comprometido com a lei de Cristo” (1 Coríntios 9.21 – Amplificada).

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Renovação da Mente


“Não estejam conformados a este mundo (esta época), formados após ela e adaptados a seus costumes externos e superficiais, mas sejam transformados (modificados) pela inteira renovação de sua mente, por seus novos ideais e suas novas atitudes, para que vocês possam provar para si mesmo o que é a boa e aceitável e perfeita vontade de Deus, assim as coisas as quais são boas, agradáveis e perfeitas do ponto de vista de Deus para vocês.” Romanos 12.2 Bíblia Amplificada.

A renovação da mente ou do entendimento é um pré-requisito para experimentarmos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Tenho visto e ouvido muitos irmãos que não tem nenhum contato com a bíblia e que não gostam de sentar para ouvir a Palavra de Deus, dizendo que ouviram a “voz de Deus”, que estão fazendo a vontade de Deus, quando está muito claro que estão cometendo grandes erros. Esse versículo que lemos diz que é impossível, do ponto de vista bíblico, eles experimentarem a vontade de Deus.
É sobre isso que eu quero falar.
Alguns dizem que “boa, agradável e perfeita”, são três estágios da vontade de Deus. Que existe a vontade boa, a vontade agradável e a vontade perfeita, e que gradativamente você vai avançando nesses estágios, à medida que você renova sua mente. Outros dizem que a Vontade de Deus é, ao mesmo tempo, boa, agradável e perfeita. Seja como for, seja qual for a sua maneira de entender e crer, o fato é que, só experimentaremos a vontade de Deus com uma mente renovada. Agora, renovada como?
O versículo 3 de Romanos 12, esclarece mais um pouco esse assunto e eu creio na versão Amplificada  fica melhor ainda:

“Pois pela graça (imerecido favor de Deus) dada a mim, eu admoesto todos entre vocês a não estimarem e pensarem de si mesmo mais do que devem, não terem uma opinião exagerada de sua própria importância, mas avaliem sua habilidade com sóbrio julgamento, cada um de acordo com o grau de fé dada por Deus em porção para ele.”

A bíblia tem muito a nos falar sobre o que devemos pensar, mas deixa eu te mostrar antes, Romanos 10.17:

“De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”

Romanos 12.3 fala sobre o tipo de pensamento que deve ocupar a nossa mente, a respeito de nós mesmos, que não deve nos ver, além, e eu digo também, não devemos nos ver aquém, do que é conveniente, mas precisamente, de acordo com a “medida de Fé” que Deus repartiu com cada um de nós. A Fé que vem pelo ouvir e ouvir da Palavra de Deus. Então nós devemos ter pensamentos em nossa mente, sobre nós mesmos, que não são Além, nem Aquém do que convém, mas em linha com a Palavra de Deus que nós ouvimos.

Mas aqui tem algo que eu quero considerar com você, mas que vou falar mais na próxima postagem.

Jesus disse em Lucas 8.18: “Vede, pois, como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado.”

Em Marcos 4.24 lemos: “E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada a vós que ouvis.”

Por isso temos uma grande responsabilidade na atitude que devemos ter para Ouvir e em como devemos ser criteriosos com o que Ouvir.

Não esqueça, A Fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus e nós devemos pensar sobre nós mesmos segundo essa medida de Fé para renovar o nosso entendimento ou mente e experimentarmos a Boa, Agradável e Perfeita vontade de Deus.

Seja abençoado(a) na prática da Palavra.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

O CRESCIMENTO VEM QUANDO VOCÊ O ABASTECE

Por Mac Hammond


Nós estamos vivendo em um tempo de crescimento. Não há nenhuma dúvida em mim sobre isto. Nós estamos em dias, nos quais Deus está trazendo um crescimento fenomenal para sustentar a terra. A Sua igreja está aumentando. Seu corpo está crescendo. Seu povo como um todo está experimentando crescimento sobrenatural em um nível sem precedentes. A única questão que permanece para você e eu é: “Nós estamos como indivíduos fluindo com este crescimento?” Como nós nos movemos nesse tempo de colheita do final dos tempos (tanto de almas quanto de finanças)? Você e eu estamos tomando parte disto ou nós estamos de pé parados, nas calçadas assistindo outros crentes experimentarem a bênção sobrenatural?
Você vê, só porque Deus está trazendo acréscimo para seu povo, isto não significa que todo crente automaticamente experimentará isso só porque eles estão salvos. Aqueles que passivamente dizem: “Deus, isto é com você. Se você quer que eu seja abençoado, então me abençoe.”, estes não estão provavelmente vendo  o mais alto e o melhor de Deus nestes últimos dias. Mantenha em mente que quando eu digo “acréscimo,” eu estou falando sobre  mais que apenas uma bênção financeira (embora que este é certamente um importante elemento do plano de Deus no final dos tempos). Eu também estou falando sobre acréscimo de paz, um acréscimo de alegria, um acréscimo de boa saúde e acréscimo de relacionamentos harmoniosos. Como indivíduos experimentarão todas estas maravilhosas facetas do crescimento sobrenatural? Apenas quando eles alinharem a si mesmos com o plano de Deus para o crescimento da igreja local.


A igreja local
“A igreja local?” – você pergunta. Sim, você só pode experimentar o poder de Deus no mesmo grau em que você alinhar a si mesmo com Seus propósitos (Deus nunca dispensou Seu poder dissociado do Seu propósito.).
E Deus cumprirá Seus propósitos grandemente através das igrejas locais. É primeiramente através das igrejas que o perdido vai ser alcançado e discipulado. É primariamente através da agência de igrejas que a colheita das almas do final dos tempos predita na Palavra de Deus será levada a efeito. Deus está derramando Seu poder em e através das igrejas por causa do acréscimo nestes corpos locais, isto é central para o plano do final dos tempos. Então, a primeira chave para conseguir estar no fluir do crescimento sobrenatural nos últimos dias é ter sua vida firmemente plantada em um corpo local de crentes.

O "Suprimento do Espírito"
A segunda chave está conectada a estar dentro de uma igreja, é estar certo de que você está dando o que a Bíblia chama de seu “suprimento do Espírito” lá. Procure comigo em Efésios 4:16 e verá o que eu quero dizer: “Cristo, de quem o corpo completo justamente unido e compactado pelo qual toda junta suprida, acoplando-se para efetuar  a obra na medida de toda parte, faz o desenvolvimento do corpo para a edificação de si mesmo em amor.” Ora, quando esta passagem fala de “todo o corpo”, está se referindo à igreja universal invisível do corpo de Cristo. Mas, eu creio que isso é igualmente aplicável ao corpo local de grupos individuais de crentes que constituem a larga igreja universal. De fato, eu estou convencido que todas as vezes que o Novo Testamento refere-se à igreja universal, o que é dito é também aplicável à igreja local. Você e todo membro de sua igreja têm algo que o Corpo necessita.

Tipos de Suprimentos

“Suprir” é a palavra chave aqui. É a pedra de alicerce do crescimento. Particularmente a espécie de crescimento de Deus quer ver em Suas igrejas e Seu povo nos últimos dias. O que é suprimento? Há atualmente uma quantidade de diferentes tipos. Primeiro, há o suprimento financeiro. Nós vemos uma referência a este tipo de suprimento em Efésios 4:28: “Aquele que roubava, não roube mais; mas ele trabalhe, com suas mãos naquilo que é bom, para que possa ter para dar àquele que necessita.”
De acordo com este verso, se você está trabalhando por qualquer outra razão que ser capaz de “dar para aquele que necessita,” você é, de certa forma, um ladrão.

É claro, nós sabemos que Deus quer que nós tenhamos coisas para desfrutar. Não duvido disso por um momento. A Palavra diz que Deus quer nos dar todas as coisas ricamente para desfrutarmos (1 Tm 6:17). Mas, a primeira razão pela qual Deus traz crescimento para você é capacitar você a abençoar os outros, especialmente financiando a disseminação do evangelho.
Esta é a parte do suprimento que você traz para o corpo da igreja para a qual você se uniu. Se você está trabalhando apenas para adquirir coisas, você está roubando os outros de seu suprimento e roubando a si mesmo das bênçãos de ser um doador. Há também um suprimento de serviço. Claramente como cada pessoa em uma igreja encontra seu lugar e dá de seu tempo, talento e criatividade, o acréscimo vem para o corpo. Estes dois tipos de suprimento são importantes para a saúde de uma igreja e para levar a cabo o plano de Deus, eu quero sugerir para você que eles não são as formas mais importantes de suprimento que você tem que dar. Eu estou convencido que a maior chave para ver o corpo de Cristo crescer e edificar-se em amor é o “suprimento do Espírito.” Há um suprimento que você tem dentro de você que é espiritual, ao invés do que o natural, da natureza. Se você puder aprender a dar deste suprimento, você terá o seu maior impacto para a edificação do reino de Deus, como resultado, experimentará o maior nível de poder e de bênção em sua própria vida.

Encontre sua Companhia

Nós vemos outro aspecto desta verdade no quarto capítulo de Atos. Lá, nós lemos sobre Pedro e João sendo repreendidos e espancados por pregar publicamente o evangelho. Nós ouvimos: “os governadores chamaram-nos e mandaram-nos que não falassem nem ensinassem no nome de Jesus.”(At 4:18). O que eu quero que você observe é o que eles fizeram depois que foram libertos: “e sendo deixados ir, eles foram para sua própria companhia, e relataram tudo o que os chefes sacerdotes  e líderes tinham dito para eles.” (At 4:23). Eles foram para sua própria companhia. Pedro e João tinham a “companhia” de pessoas com as quais eles estavam unidos. Eles eram pessoas que estavam juntas. Pessoas que tinham sido divinamente enlaçadas e unidas. Mantenha em mente, neste ponto, que, no momento haviam muitos milhares de crentes vivendo em Jerusalém. (Mais que três mil foram salvos só no dia de Pentecostes). Mas Pedro e João não retornaram apenas para qualquer grupo de crentes. Diz que eles foram “para sua própria companhia. ” Você tem uma companhia também. Em algum lugar, há um grupo de crentes ao qual você pertence. Uma das mais importantes coisas que você pode fazer como um Cristão para experimentar o melhor de Deus é encontrar “sua companhia” e ficar entrelaçado a eles.
Em muitos lugares na escritura, Deus deixa claro que você tem um lugar no corpo de Cristo, que é sua própria companhia. Há muitas boas companhias lá e uma não é necessariamente melhor que a outra. Mas, apenas uma é certa para você. Tanto quanto havia um grupo de crentes em Jerusalém para Pedro e João, existe um grupo ao qual você pertence. 1 Co 12, fala-nos que Deus coloca todo membro onde Ele se agrada. “Mas agora tem Deus colocado todo membro dele em seu corpo, como isso tem agradado a Ele” (1 Coríntios 12:18). Há um lugar aonde você se encaixa.
Um lugar onde seu suprimento, seus dons, seus talentos, habilidades e unção são mais necessários. É também o lugar onde Deus sabe que você receberá o suprimento de que você necessita em sua vida. É onde a unção está mais prontamente disponível para você. Todas as vezes em você vê um significativo mover de Deus, você encontrará uma companhia de pessoas que entraram em acordo. Nós não podemos permitir cisma, divisão e competitividade invejosa nos dividindo uns dos outros. Nós o fazemos às custas de experimentar o poder de Deus  e o poder traz o crescimento.
A Segunda coisa que eu quero que você observe é que eles oraram. Você se lembra, nós lemos em Filipenses, capítulo um, que a confiança de Paulo em sua libertação era por causa das “orações” dos seus associados no ministério e o “suprimento do Espírito.” Da mesma forma, aqui em Atos nós vemos a oração tomando um papel vital em trazer o poder de Deus de uma forma notável. Há os dois elementos que você sempre terá em lugar antes de você ver um mover de Deus. Você encontrará um grupo de pessoas em unidade de coração concordando unanimemente. E você os encontrará em oração corporativa ungida.

Seja rendido e ousado
No meio dos gritos, risadas, corridas, pulos, rolagens e danças Deus está nos treinando. Ele está no ensinando a sermos sensíveis e obedientes às incitações e cutucões do Espírito. Ele está tornando-nos rendidos e ousados. Meu amigo, a gloriosa realidade do âmago de todos estes feitos incomuns é esta: Deus está levantando um exército nestes últimos dias. Um exército que está livre do medo do homem. Um exército que fará o que Deus disser para fazer sem relutância, questionamento ou hesitação. Um povo que compartilhará sua fé, orará pelos doentes, expulsará demônios e dará a si mesmo totalmente à causa de Cristo. Na segurança do santuário da igreja, a nutrição, em um ambiente de aceitação do suprimento do crente, Deus está nos treinando para fluir naturalmente no espírito de ver e saber. Então, quando vidas e almas eternas estão em risco, quando nós formos à feira, nós conheceremos a voz do Espírito e, sem refletir, a obedeceremos. O que eu estou falando a você não é uma mera hipótese e teoria. Eu vivo isso em minha própria vida e na vida da minha congregação. Quando você viver isso, você vai experimentar crescimento e bênção além da sua capacidade de imaginar.